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11 de dezembro de 2017

O insuportável vitimismo


Há uma vítima! Vítima verdadeiramente inocente que, ao invés de teatralizar um vitimismo, preferiu silenciar e, heroicamente, derramar até sua última gota de sangue sem se queixar, sem murmurar, sem exigir cobertura da mídia... antes até, pedindo perdão por aqueles que o maltratavam, alegando que, da baixeza de sua ignorância, não podiam compreender a alta gravidade do que faziam. Fora essa Vítima e todos aqueles que, seguindo seu exemplo, foram verdadeiramente perseguidos, torturados ou mesmo mortos por causa dEle, tudo o mais é mimimi.

Vivemos em uma sociedade que cultua falsos heróis. Simuladores. Falsários. Hipócritas. Basta uma meia dúzia de palavras emotivas, trabalhando o cérebro da massa no sentido de fazê-los perceber o quanto o interlocutor é coitadinho, perseguido e maltratado... e pronto! Lá está a mídia, as redes sociais, os puxa-sacos de plantão e mais uma penca de partidos e ONGs alavancando-lhe uma fama que de outro modo não viria à existência. A fama do pobrezinho que veio de baixo, humilhado e que quando quase conseguia algo, veio um opressor e lhe desceu a bordoada, de forma tirânica, autoritária... E agora, a “vítima da sociedade”, o “oprimido pelo sistema”, precisa do Estado, da mídia e do apoio popular para conseguir superar os traumas e dificuldades e dar a volta por cima... Sempre o mesmo e velho discurso coitadista, repetido ao longo dos séculos e meio que macaqueando o autêntico e incomparável Davi X Golias. Macaqueando mesmo! Afinal, Davi nada tinha de coitadinho. Era um homem bravo e destemido, que enfrentou o gigante Golias sem qualquer temor, encarando-o nos olhos e rebatendo-lhes, à altura, os insultos, antes de derrubá-lo e arrancar-lhe a cabeça. Ora, em tempos hodiernos, os golias são, em massacrante número de vezes, inexistentes. Meros frutos da imaginação ou da histeria individual ou coletiva. Definitivamente saímos da realidade e passamos à ficção e os “enfrentamentos” atuais estão muito mais para um Dom Quixote X Moinho de Vento (com todo o respeito que o grande cruzado e, de quebra, escritor, Miguel de Cervantes merece), tal é o número das fantasias vitimistas que as pessoas aprenderam a criar e viver (e, até nesse contexto um tanto louco, o próprio Dom Quixote seria muito mais nobre).

Católico que é católico não pode cair nesses cantos de sereia. Levantar bandeiras sem antes estudar o que real e profundamente significam e para que (ou, a quem) servem... E, no mais, pare de se fazer de vítima e, ainda, mais do que isso, pare de exaltar quem assim vive. Isso é degradante! Se é para enfrentar a perseguição e a morte, o faça com dignidade e hombridade, imitando o exemplo de Cristo, seu Senhor, e pare de frescura. Se a situação sequer chegar a ser de perseguição ou morte, então... nem se fala! Nada de tomar para si (trazendo para o lado pessoal) situações e dores que não lhe dizem respeito e, se dizem, pouca ou nenhuma relevância têm. Arregaça essas mangas e vai trabalhar sem choro! Ninguém precisa saber o quanto você “sofre injustiças”! O mundo espera e precisa de homens e mulheres com mais fibra, criatividade, honra... e menos murmurações (menos não, NENHUMA!).

E tenho dito,
Jeansley de Sousa

Um comentário:

  1. hihie, é só Deus sabe o quanto David foi exigido na sua luta diária como pastor rsrsrs treinado no perigo e experimentado nas dores reuniu força expertise suficientes pra triunfar sobre o gigante e vencer inúmeras batalhas que seguiram. Sem mimi mi e vamo que vamo! 😉

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