É uma pena que homens
que um dia acessaram a razão e a comunhão com Deus, prefiram o
degrau enlameado do mero instinto animal, sob o qual rastejam...
Não precisa me dizer
porque eu já sei! A imagem do texto é quase pornográfica! Percebi
que ser escritor, no Brasil, não é exatamente um caminho de
sucesso, portanto, resolvi compor funk e vou começar com a “dança
da cadela no cio”, mas antes vamos refletir um pouco sobre alguns
sentimentos instintivos. Comecemos pelos próprios personagens da
imagem: alguém já viu cachorro abanar o rabo quando está alegre? E
triste quando o dono se ausenta por algum tempo? Já os viu nervosos
porque estão famintos? E com medo quando alguma situação lhes
mostra um evidente perigo? Enfim, parece que estamos diante de
autênticos sentimentos caninos: alegria, tristeza, raiva – não a
doença –, medo...
Alguns sentimentos e
emoções são instintivos. Que o digam os cachorros. Mas alguém
poderia questionar “Mas será que os cachorros não são dotados de
razão, ainda que mínima, afinal, possuem sentimentos semelhantes
aos nossos?” A resposta a essa pergunta encontra-se fácil em outra
reflexão (que complementa a anterior e distingue os sentimentos
instintivos dos racionais) e resume-se em um só pensamento: tanto
faz se o cachorro é meu, seu, da sua avó, do Adolf Hitler ou do
Papa: ele sempre vai abanar o rabo quando vir o dono ou um prato de
comida, vai entristecer-se quando, por algum tempo, ausentar-se um ou
outro; vai ter medo (ou raiva) dos inimigos de seus donos,
independentemente de quem sejam os inimigos do dono (ou de quão bom ou mau-caráter seja o dono), portanto, é exclusividade dos seres
racionais fazer distinções entre: com quem se alegrar e celebrar e
com quem não fazê-lo, ainda que alguns humanos teimem em “abanar
o rabo” para todo mundo. Ou seja, o fato de você, que procura nortear
sua vida pelos valores do Evangelho, gostar de uma cervejinha e um
terceiro, que se porte como patente inimigo da fé e dos bons costumes também
gostar da mesma bebida (e da mesma marca, quem sabe), não será
razão suficiente para celebrar com ele enquanto ele não mudar de
vida. Dessa forma, elevamos nossos sentimentos da condição de
puramente instintivos, para um patamar bem mais sublime e racional,
cujo ápice, o degrau mais elevado da escada, só pode ser atingido
na comunhão plena da criatura com o Criador. Aí sim! Pode abanar o
rabo a vontade, “cachorrada”.
Bom...
sei que estão curiosos. Voltemos à imagem. Não fui o fotógrafo,
se bem que poderia: minha cidade tem mais cachorros do que donos.
Enfim... estamos diante de uma cena quase erótica, onde vários cães
nus cercam uma pobre cadela peladinha como veio ao mundo. Claro que,
biologicamente compreendemos que o organismo da cadela, de tempos em
tempos, prepara-se para ser fecundado e quando, enfim, ela está no
cio, exala um odor que deixa a cachorrada toda doida. Dessa galera
toda aí, só o mais forte, incisivo e dominante, o macho alpha, conseguirá seu
intento. Os demais, colocarão o rabo entre as pernas retirando-se de
mãos vazias, digo, patas vazias... Note, na sua rua mesmo, que a cadela não precisa
ser atraente: basta que esteja fértil e, ainda que seja vira-lata
das mais sujas e mal cuidadas, nesse dia, ficam mais cobiçadas que
os poodles das madames. Nesse momento, cabe notar que mesmo entre os
homens mais cafajestes e as mulheres mais vadias existe um mínimo
racional que os torna, ainda que de forma degradada e quase canina,
um pouco mais seletivos: as vadias não se produzem para qualquer
mendigo bêbado, nem os cafajestes cobiçam qualquer dragão fértil,
pois isso é coisa de burro (e do Shrek!). Isto é, o instinto humano
é, de cara e independentemente de qualquer análise mais detida
moralmente falando, bem mais racional. Contudo, se a razão, que nos torna humanos lúcidos, não
for exercitada constantemente, corre-se sério risco de assemelhar-se
aos irracionais, superando-os, inclusive.
Reflexão
feita, notamos que, se por um lado, a razão não exercitada, corre o
risco de definhar, degradando-se até comer com os porcos; no outro
extremo, notamos, estabelecido por Nosso Senhor e sob as bênçãos
dEle, o sacramento do matrimônio. Ele é o ápice, nesta terra, da
escada que vai do mero instinto (nos humanos, de acordo com a lei
natural, já dotado de razão, conforme exposto), eleva-se um degrau,
por meio do exercício constante desta mesma razão, até chegar ao
ponto de ser sacramentado pela graça de Nosso Senhor. Enfim, do alto
dessa escada fica difícil compor o funk que prometi no início da
postagem, mas estou seguro de que vocês não fazem questão agora.
Boa escalada a todos.
Na
paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa
Jeansley de Sousa
Bela reflexão! Realmente Deus lhe concedeu a espada como benção e a luta como herança. Que Deus abençoe você e sua família, estamos em oração por você e pelo ministério que lhe foi confiado, obrigado por tudo que me ensinou e por tudo que me ensina.
ResponderExcluirDavid Denis
Obrigado David. Grande abraço e fiquem com Deus você e sua família.
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