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4 de dezembro de 2014

A morte do Brasil em 125 atos

Considerações iniciais: Dom Pedro II estava cansado. Era um grande homem. Apelidado de Magnânimo (grande alma). Antes que alguém diga que estou a canonizá-lo: Dom Pedro II e a família real não eram perfeitos. Princesa Isabel, grande mulher, também não era perfeita. Nenhum de nós o é! Contudo, o povo os amava: pobres, ricos, negros, brancos, índios, imigrantes, homens e mulheres. Todos. Ou melhor, quase todos...

O Brasil caminhava a passos largos rumo ao desenvolvimento. Era uma potência emergente e se tivesse seguido, junto à maioria de seu povo devidamente orientado no mesmo sentido em que já seguia, estaríamos hoje figurando no cenário mundial, dentre os países mais bem-sucedidos – o G7+Rússia seria, mui provavelmente, G8+Rússia. Mas, como afirmei no início, o monarca estava cansado... Já uma minoria pouco estudada/educada, contudo, organizada, inclusive militarmente, e sedenta de poder, NÃO! E eis que sob a apatia de uma maioria (alguém aí também acha que parece hoje?), alguns grupelhos unidos promovem uma pequena revolução, dão um pé na bunda de Dom Pedro II e da família real que, cansados, não reagem, cospem na própria história e identidade, ignoram o futuro que abria as portas para toda a nação (e não apenas a seus mesquinhos interesses), e proclamam de maneira “heroica” uma República que, obviamente, já nasce maculada.

Bom... o que começou mal só por milagre caminhará bem algum dia. Ainda que teimem que o mal e o bem não existem e que tudo é relativo (já notou como essa conversa fiada só surge na boca de quem está fazendo o mal?) Enfim... de lá pra cá somos um amontoado de fracassos políticos e econômicos e nossa cultura definha. São 125 anos de submundo que, na última década, parecem ganhar seus capítulos mais podres. Seja na política e sua corrupção diária, seja na alienação promovida pela mídia, seja nas nossas manifestações culturais onde, por exemplo, dentre nossos pensadores mais cultos, figuram na Academia Brasileira de Letras, inúmeros medalhões políticos, ou meros escritores de autoajuda, em cadeiras outrora negadas a Mário Quintana, para citar só essa injustiça mais clássica... e não se espantem se Brunna Surfistinha chegar lá, afinal, Walesca Poposuda já é considerada pensadora contemporânea, Marta Suplício e Xoxa, filósofas, mães e mestras da maternidade moderna, ManoBrown, E'micida e Jean Freewilys, baluartes da cultura nacional. E de pensar que eu achava um saco (mas fingia que gostava, para não parecer o burro da classe) os papos comunas de Chico, Gil e Caetano a que era obrigado a “estudar” em sala de aula... Não que estes sejam bons, mas ocorre que no Brasil, se a coisa tiver uma mínima, remotíssima, possibilidade de piorar, ela certamente piora em proporções galácticas e a gente passa a ficar saudoso do que era apenas meio idiotizante nos tempos escolares.

Por falar em tempos de escola... há tempos as escolas e universidades brasileiras deixaram de ser o espaço científico e acadêmico que deveriam. Desde os tempos do regime militar, muitos se aventuraram no magistério com o fito de promover a contracultura e os contravalores comunistas, ateus, materialistas, relativistas e tutti quanti. A obstinação em desmoralizar e destruir os militares e todos os seus valores invadiu, desde aqueles tempos, os espaços que deveriam ser usados para pesquisas, debates e crescimento intelectual e as escolas e universidades foram, desde então, transformadas em palanques políticos e, hoje, são isso de maneira piorada: verdadeiras academias de alienação esquerdista. “Descobriram” que a verdade, os dogmas, a bondade, a moral... não existem e ai de quem discordar dessa verdade neodogmática, moralmente boa e 100% perfeita...

Se em tempos de repressão militar, ou em tempos de “opressão machista e dogmática”, geralmente com viés religioso, existentes nos tempos da monarquia, aberrações como as citadas acima eram consideradas... aberrações... jamais filosofia de vida, o que dizer então da “evolução” do ser humano que hoje concebe como idônea a aprovação do assassinato de crianças em nome da liberdade da mulher, ou em nome de uma população mais enxuta e perfeita, matando aqueles que forem julgados inaptos à existência fora do ventre (qualquer semelhança com o espírito nazista não é mera coincidência... já que estamos falando de um mesmo “pai”). Na totalidade dos casos, esse acinte é legalmente aprovado na calada da noite, sem o consentimento do povo, sem o embasamento das constituições, desrespeitando o arcabouço jurídico de quaisquer nações e fundamentados em dados estatísticos forjados, fraudados, absurdamente falseados, porém, endossados por instituições que gozam de uma espécie de infalibilidade ante a opinião pública (ONU, OMS, UNESCO e congêneres). Essa aberração moral, biológica e anti-humana, surge sob os auspícios de intelectuais e especialistas que nossa cultura decrépta inventou e consagrou e dão mostras da ausência de bom senso e de envergadura moral dos pensadores que nos alienam de forma sistemática. Mas claro que nisso não há surpresa, afinal, o que esperar de mentes que determinaram como certa a afirmação de que o certo e o errado não existem, considerando o relativismo tão absoluto, e fazendo-o de maneira tão astuta, que quase ninguém consegue perceber a contradição inerente a essa própria consideração?

Enfim... esse caos à brasiliana, em Direito Penal chamar-se-ia crime continuado... Um crime continuado de 125 anos, com milhares de atores. Já na cultura de nossos pensadores modernos, trata-se de “radicalização da democracia”, onde, a médio prazo, como já ocorre nos países-modelo como Cuba, Venezuela, China, Coréia do Norte... serão executados ou exilados aqueles que pensarem diferente dos autoproclamados, do alto de seu poder e arrogância, os democráticos e populares por excelência. Rezemos pela intervenção divina e por um milagre, único meio possível de se reescrever nossos próximos 125 anos.

Na paz de Jesus e no amor de Maria...
Um Feliz Natal a todos,
Jeansley de Sousa

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