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16 de fevereiro de 2014

O tolo feminismo das incautas e o eufemismo covarde dos nobres

Foto do blog: http://omarxismocultural.blogspot.com.br/


No mundo feminista qualquer homem que ouse afirmar sua masculinidade é taxado de machista por alguma “feminazi” de plantão. Sem problemas! Como diria Felipe Moura Brasil, “Machista é anagrama de Chata Sim”. Passando à margem dos berreiros histéricos de uma penca de “mulheres modernas” (e já aproveito para adiantar que: comentários do tipo “Jeansley, você é machista” serão apagados da maneira mais “tirânica e autoritária” possível, a não ser que valha à pena algumas boas risadas com picantes doses de ironia), este artigo levantará algumas questões a respeito das posturas masculina e feminina diante da inversão de valores em que vivemos.

Sendo o dom da vida o maior dos dons e sendo o ventre materno a oficina onde o Criador trabalha sem cessar, não fica difícil deduzir que a mulher seja naturalmente mais agraciada do que os homens porque portadora nata do maior dos dons concedido por Deus à humanidade. Entretanto, a lógica do Reino de Deus é: a quem mais se dá mais se é cobrado; quem é maior deve servir mais; e assim por diante... Nesse sentido, é justo e necessário que a mulher seja submissa, afinal, é o mínimo que ela deve fazer como gratidão a Deus por um dom que nenhuma mulher seria merecedora (exceto Eva antes do pecado e Santa Maria Mãe de Deus, ambas porque, evidentemente, concebidas sem pecado). E ainda nesse barco, não é exagerado da parte do Apostolo Paulo exigir que as mulheres sejam submissas aos maridos como ao Senhor. Eu disse... ou melhor, São Paulo disse: “COMO AO SENHOR”... e não se serve ao Senhor questionando, murmurando ou fazendo “comércio” do tipo: “sirvo aqui para ser servida acolá”. Serve-se como serva do senhor! Serve-se como Santa Rita de Cássia a seu marido (apesar de assassino); serve-se como a Rainha Ester a seu Rei (apesar de pagão). Evidentemente, mulheres como as citadas acima, compreenderam tão bem a graça se ser mulher e o precioso dom da maternidade, que não tiveram dúvidas de suas obrigações de submissão e nem ficaram fazendo contas sobre quando ser e quando não ser submissa (até porque só não se deve submissão se o comando for expressamente contrário a algum mandamento divino e/ou à sã doutrina). Elas e muitas outras santas, seguindo a doçura de Nossa Senhora, transcenderam! Superaram as expectativas que em boa medida lhes concedia por justo o direito à separação! Foram além das contas. Valorizaram a nobreza do que é ser mulher! E foram, por causa de sua humildade, submissão e grande amor, glorificadas pelo próprio Deus! Alguém aí conhece glória maior?

Compreendendo por natural o dom maior feminino e por consequência óbvia do Reino a submissão da mulher, o que falta para “a fórmula” funcionar nos casamentos modernos? Respondo: faltam homens de verdade. As mulheres não têm obedecido comandos, justamente por falta de comandantes. A expressão chefe de família caiu em desuso porque os homens aceitaram passivamente as imposições do politicamente correto, perdendo o nome e o posto de chefe e já não têm coragem de retomá-lo. Em larga medida, os homens perderam sua liderança porque se deixaram escravizar pelo sexo (muitas vezes adúltero). Deixaram de valorizar Nosso Senhor e seu dom maior que é o da vida/maternidade, para supervalorizar os órgãos sexuais femininos. E, por alguns momentos de prazer, pagam os mais salgados preços que variam desde altos valores financeiros até a degradação da própria dignidade e caráter.

Um grande homem deve ter todas as paixões sob domínio. Não pode deixar-se escravizar por nada: nem pelo sexo, nem pela beleza feminina, nem pela ira, nem pela bebida, nem pela internet (principalmente se tiver pornografia que pira o cabeção, escraviza e ainda serve de “broxante a médio prazo”), nem pelos vídeo-games (pasmem! Mas tem muito marmanjo que há tempos não lê um bom livro, não tem um bom desempenho profissional e mesmo sexual porque perde horas jogando vídeo-game! Ri não que é sério! Satanás arruma cada escravidão que parece piada...) Enfim, um grande homem, apesar de seus pecados, tem que procurar imitar Aquele que sem deixar de ser 100% Deus, fez-se 100% HOMEM! Pense num cabra macho...

Na paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa

10 comentários:

  1. Bom dia Jean,

    Se me permite, irei anexar uma resposta que Pe. Daniel Pinheiro nos encaminhou a respeito da submissão da mulher perante o homem, pois tenho para mim como um texto bastante esclarecedor.

    Resposta:
    “Como você poderá ver, sobretudo no texto da Casti Conubii, não existe uma regra fixa. As nuances, os detalhes dependem das circunstâncias das pessoas que estão casadas. Todavia, o marido permanece o chefe, a não ser em casos sérios e evidentes. Nas decisões familiares, o marido deve consultar a esposa, pedir a opinião dela, o conselho dela, ceder, se for o caso. À mulher cabe aconselhar, expressar aquilo que lhe parece melhor para a família, para o próprio casal e para os filhos. Caberá também a ela ceder muitas, vezes, fazendo sacrifícios, fazendo-os com alegria. Ser o chefe não quer dizer tomar decisões sozinho. É sempre bom lembrar que o marido governa não como um tirano, como um senhor de escravos, ou como um tutor o seu pupilo incapaz. Ele governa para o bem da esposa e dos filhos. A esposa é sua companheira de vida, companheira exclusiva e perpétua. Ele é a cabeça da família, ela o coração. Dito isso, a esposa deve aceitar as decisões do marido com docilidade, desde que não sejam contra a fé, a moral, ou que prejudiquem gravemente a família. Ela deverá em muitos momentos lembrar ao esposo, com muito doçura e mansidão, os seus deveres como pai de família e como cristão.

    Essa submissão não é, portanto, exatamente como a submissão aos pais.

    Se a decisão do marido se opõe à Doutrina Católica, você não pode ceder à decisão dele. É preciso obedecer antes a Deus que aos homens, ainda que seja ao marido. Se a decisão dele não contradiz a doutrina católica, mas é menos perfeita do que aquilo que você deseja, procure aconselhá-lo, ajudá-lo a ver o que é melhor. Insista, com delicadeza, até certo ponto para que façam o que é melhor.”

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Seguem abaixo alguns textos de Papas sobre o assunto.

      Leão XIII - O plano divino
      Encíclica Arcanum, 10 de fevereiro de 1880

      O homem é o chefe da família e a cabeça da mulher; esta, entretanto, porque é a carne de sua carne e os ossos de seus ossos, deve se submeter e obedecer a seu marido, não como uma escrava, mas como uma companheira, a fim de que a obediência que ela lhe presta não seja nem sem dignidade nem sem honra. E naquele que é o chefe, como também naquela que obedece, ambos sendo imagem, um do Cristo e a outra da Igreja, é preciso que a caridade divina esteja sempre presente para regrar o dever. Pois "o homem é o chefe da mulher, como o Cristo é o chefe da Igreja. Mas como a Igreja está submetida ao Cristo, assim as mulheres devem estar submetidas a seus maridos em todas as coisas" (Ef. V, 23-24).

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    3. Pio XI – A ordem no amor
      Carta Encíclica Casti Conubii, 31 de dezembro de 1930.

      A ordem no amor
      25. Com este mesmo amor se devem conciliar tanto os outros direitos como os outros deveres do matrimônio, de modo que sirva não só como lei de justiça mas também como norma de caridade aquela palavra do Apóstolo: “O marido dê à mulher aquilo que lhe é devido; igualmente a mulher ao marido” (1 Cor 7, 3).
      26. Ligada, enfim, com o vínculo desta caridade a sociedade doméstica, florescerá necessariamente aquilo que Santo Agostinho chama a ordem do amor. Essa ordem implica de um lado a superioridade do marido sobre a mulher e os filhos, e de outro a pronta sujeição e obediência da mulher, não pela violência, mas como a recomenda o Apóstolo com estas palavras: “Sujeitem-se as mulheres aos seus maridos como ao Senhor; porque o homem é cabeça da mulher, como Cristo é cabeça da Igreja”. (Ef 5, 22-23).
      27. Tal sujeição não nega nem tira à mulher a liberdade a que tem pleno direito, quer pela nobreza da personalidade humana, quer pela missão nobilíssima de esposa, mãe e companheira, nem a obriga a condescender com todos os caprichos do homem, quando não conformes à própria razão ou à dignidade da esposa, nem exige enfim que a mulher se equipare às pessoas que se chamam em direito “menores”, às quais, por falta de maior madureza de juízo ou por inexperiência das coisas humanas, não se costuma conceder o livre exercício dos seus direitos; mas proíbe essa licença exagerada que despreza o bem da família, proíbe que no corpo desta família se separe o coração da cabeça, com grande detrimento de todo o corpo e perigo próximo de ruína. Se efetivamente o homem é a cabeça, a mulher é o coração; e, se ele tem o primado do governo, também a ela pode e deve atribuir-se como coisa sua o primado do amor.
      Hierarquia doméstica
      28. O grau e o modo desta sujeição da mulher ao marido pode variar segundo a variedade das pessoas, dos lugares a dos tempos; e até, se o homem menosprezar o seu dever, compete à mulher supri-lo na direção da família. Mas em nenhum tempo e lugar é lícito subverter ou prejudicar a estrutura essencial da própria família e a sua lei firmemente estabelecida por Deus.
      29. Da observância desta ordem entre o marido e a mulher já falou com muita sabedoria o nosso predecessor Leão XIII, de feliz memória, na Encíclica que já recordamos acerca do Matrimônio Cristão: “O marido é o chefe da família e a cabeça da mulher; e esta, portanto, porque é carne da sua carne e osso dos seus ossos, não deve sujeitar-se a obedecer ao marido como escrava, mas como companheira, isto é, de tal modo que a sujeição que lhe presta não seja destituída de decoro nem de dignidade. Naquele que governa e naquela que obedece, reproduzindo nele a imagem de Cristo e nela a da Igreja, seja, pois, a caridade divina a perpétua reguladora dos seus deveres” (Enc. Arcanum, 10 de fev. de 1880).
      30. São estas, portanto, as virtudes que se compreendem no bem da fidelidade: unidade, castidade, caridade, nobre e digna obediência; palavras que querem dizer outras tantas vantagens dos cônjuges e do seu casamento, enquanto asseguram ou promovem a paz, a dignidade e a felicidade do matrimônio. Não admira, pois, que esta fidelidade seja sempre considerada entre os insignes benefícios próprios do matrimônio.

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    4. Pio XII - O apostolado doutrinal
      Alocução às moças da Ação Católica, 6 de outubro de 1940.

      O ensinamento do catecismo
      A ignorância da doutrina religiosa assim como os graves prejuízos que daí decorrem para as almas foram muitas vezes deplorados e denunciados ao mundo por Nossos Venerados Predecessores: daí porque a Ação católica, sempre dócil à voz dos Pontífices romanos, considera como um de seus fins essenciais, além da formação religiosa e moral dos seus membros, a sua preparação pedagógica ao ensinamento do catecismo, livro fundamental da ciência e da vida cristã. As jovens que desejam ardentemente hoje fundar uma família cristã (e não é o sonho de muitas dentre vós?) devem se preparar e se formar para ser, senão doutoras, pelo menos professoras de religião; mais de uma dentre vós perceberá um dia que ela deverá, com uma delicadeza infinita e uma sábia paciência, lembrar a seu marido as verdades da fé e os preceitos da moral evangélica. Em todo o caso, eles deverão cumprir este cargo com relação a seus filhos; mas um tão grande dever não lhes causará hesitação nem temor, se elas adquiriram cedo na Ação católica a experiência e a prática.

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    5. Pio XII - A educação no lar
      Alocução às mães de família, 26 de outubro de 1941

      A educação dos pequeninos
      É uma particular e oportuna luz que difunde vossa União de Ação católica por meio das organizações do "Apostolado do berço" e da Mater parvulorum (Mãe dos pequeninos), pelos quais vós tomais o cuidado de formar e de ajudar os jovens casais antes mesmo do nascimento de seus filhos e depois durante a primeira infância. À semelhança dos anjos vós vos fazeis guardiãs da mãe da criança que ela traz em seu seio (Sto. Tomás, Ia, q. 113, art. 5 ad 3), e quando o bebê veio, vós vos aproximais do berço onde ele choraminga e assistis a mamãe que, do seio e de seus sorrisos, alimenta para o corpo e para a alma um pequeno anjo do céu. Deus confiou à mulher a missão sagrada e dolorosa, mas também fonte de alegrias muito puras, da maternidade (Jo. XVI, 21); à mãe, acima de qualquer pessoa, está confiada a primeira educação do pequenino, durante os primeiros meses e anos. Nós não falaremos das heranças silenciosas transmitidas pelos pais aos filhos, que têm uma influência tão considerável na futura formação de seu caráter: heranças que, às vezes, denunciam a vida desregrada dos pais, tão gravemente responsáveis de tornar, com seu sangue, a vida verdadeiramente cristã talvez bem difícil a seu descendente. Ó pais e mães, nos quais a fé do Cristo santifica o amor recíproco, preparai antes mesmo do nascimento do bebê a pureza da atmosfera familiar na qual seus olhos e sua alma se abrirão à luz e à vida; atmosfera que impregnará do bom odor do Cristo todos os passos do seu progresso moral.

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    6. Pio XII - A esposa cristã
      Alocução aos recém-casados, 10 de setembro de 1941

      Caros recém-casados, vós trocáveis, há alguns dias, sob o olhar de Deus e na presença do sacerdote, vossos solenes e livres engajamentos; tornados os ministros do grande sacramento que vós recebíeis, vós vos engajáveis a uma indissolúvel comunidade de vida. Vós sentistes então, no fundo de vosso coração, que vós estáveis e que vós agíeis em condições de perfeita igualdade; o contrato matrimonial estava concluso por vós em plena independência, como entre pessoas que gozam de direitos estritamente iguais; vossa dignidade humana se manifestou aí em toda a grandeza de vossa livre vontade. Mas, nesse mesmo momento, vós fundastes uma família; ora, toda a família é uma sociedade, e toda a sociedade bem ordenada reclama um chefe, todo o poder de chefe vem de Deus. Portanto, a família que vós fundastes tem também seu chefe, um chefe que Deus investiu de autoridade sobre aquela que se deu a ele para ser sua campanheira, e sobre os filhos que virão, pela bênção de Deus, crescer e alegrar a família, tais como os rebentos verdes em torno do tronco de oliveira.
      Sim, a autoridade do chefe de família vem de Deus, assim como de Deus que Adão recebeu a dignidade e a autoridade de primeiro chefe do gênero humano e todos os dons que ele transmitiu a sua posteridade. Também Adão foi formado primeiro e Eva depois. Tampouco foi Adão, observa São Paulo, que foi enganado, mas a mulher que se deixou seduzir e que pecou (I Tm. II, 13-14). A curiosidade de Eva ao fitar o belo fruto do paraíso terrestre e sua conversa com a serpente, ó que prejuízo eles causaram a Adão, a Eva, a todos os seus filhos e a nós! Ora, a Eva Deus impôs, além de múltiplas penas e sofrimentos, de estar submetida a seu marido (Gn. III, 16).
      Esposas e mães cristãs, que nunca vos ocorra de sofrer a sede de usurpar o cetro familiar! Vosso cetro, um cetro de amor, deve ser o que põe entre vossas mãos o Apóstolo das Nações: a salvação que vos buscará a maternidade, desde que vós persevereis na fé, na caridade e na santidade, unidas à modéstia (I Tm. II, 15).
      Na santidade, por meio da graça, os esposos estão igual e imediatamente unidos ao Cristo. Estes, com efeito, escrevia são Paulo, que foram batizados no Cristo, e se revestiram dele são todos filhos de Deus, e não há diferença entre o homem e a mulher, porque todos são um só no Cristo Jesus (Gl. III, 26-28). Mas outras são as condições dos esposos na Igreja e na família enquanto sociedades visíveis. Também o mesmo Apóstolo advertia: "Eu quero entretanto que vós saibais que o chefe de todo o homem é o Cristo, que o chefe da mulher é o homem, e que o chefe do Cristo é Deus" (I Cor. XI, 3). Como o Cristo, enquanto homem, está submisso a Deus, e todo o cristão a Cristo, do qual ele é membro, assim a mulher está submissa ao homem, que, em virtude do casamento, se tornou "uma só carne com ela" (Mt. XIX, 6). O grande Apóstolo se sentia no dever de lembrar esta verdade e este fato fundamental aos convertidos de Corinto, que, sob a influência de numerosas idéias e práticas pagãs, podiam facilmente os esquecer, se desprender a respeito deles ou os desnaturar. Se São Paulo falasse a cristãos de hoje, não se veria ele frequentemente na obrigação de lhes dirigir as mesmas admoestações? Não respiramos hoje um ar malsão de neopaganismo?

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    7. Continuação:
      As tentações do dia
      As condições de vida que resultam da atual situação econômica e social, o acesso dos homens e das mulheres às profissões liberais, às artes e aos ofícios, seu trabalho lado a lado nas usinas, os escritórios e os diferentes empregos, tudo isso tende a estabelecer na prática uma larga equivalência entre a atividade da mulher e a do homem, e frequentemente os esposos se encontram em uma situação que se aproxima fortemente da igualdade. Muitas vezes, o marido e sua esposa exercem as profissões de mesma ordem, fornecem por seu trabalho pessoal quase que a mesma contribuição no orçamento familiar, enquanto que este trabalho em si está a conduzi-los a uma vida demasiadamente independente a respeito de um e do outro. Os filhos que Deus lhes envia entrementes, como são vigiados, guardados, educados, instruídos? Vós os vedes, Nós não diremos abandonados, mas bem frequentemente confiados muito cedo a mãos estrangeiras, formados e conduzidos por outros que não são suas mães, a qual é retida longe deles pelo exercício de sua profissão. É preciso se admirar que o sentido da hierarquia na família vá se enfraquecendo e acabe por se perder? É preciso se admirar que a autoridade do pai e a vigilância da mãe não cheguem de modo algum a tornar alegre e íntima a vida familiar?
      E, contudo, o ensinamento cristão do casamento que dava são Paulo a seus discípulos de Éfeso como aos de Corinto não conseguria ser mais claro: "Que as mulheres sejam submissas a seus maridos como o Senhor; pois o marido é o chefe da mulher, como o Cristo é o chefe da Igreja... Como a Igreja é submissa ao Cristo, as mulheres devem ser submissas a seus maridos em todas as coisas. E vós, maridos, amai vossas mulheres como o Cristo amou a Igreja e se entregou a si mesmo por ela... Que cada um de vós, da mesma maneira, ame sua mulher como a si mesmo, e que a mulher honre seu marido" (Ef. V; 22, 25; 33).
      A mulher e o paganismo
      Esta doutrina e este ensinamento não são do próprio Cristo? É por este meio que o Redentor ia restaurar o que o paganismo tinha desfigurado. Atenas e Roma, faróis de civilização, tinham uma e outra difundido muitas luzes naturais sobre os laços da família, mas sem conseguir, nem pelas altas especulações de seus filósofos, nem pela sabedoria de suas leis, nem pela severidade de suas censuras, pôr a mulher em seu verdadeiro posto na família.
      [...]

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    8. Continuação 2:
      A verdadeira liberdade
      A maior independência, uma independência à qual vós tendes um direito sagrado, é a independência de uma alma solidamente cristã diante das exigências do mal. Quando o dever se faz ouvir e quando ele lança seu grito de alarme a vosso espírito e a vosso coração, quando vós vos encontrais diante de uma solicitação que vai contra os preceitos da lei divina, contra vossos irredutíveis deveres cristãos, de esposas e mães, conservai, defendei com respeito, com calma, sem dúvida com afeição, mas com uma inabalável firmeza a santa e inalienável independência de vossa consciência. Na vida há dias em que soa a hora de um heroísmo ou de uma vitória que têm os anjos de Deus por únicas testemunhas.
      Mas no resto, quando vos pedem o sacrifício de um desejo ou de uma preferência pessoal ainda que legítima, ficai felizez; vós ganhais cada dia mais, em recompensa desses pequenos sacrifícios, o coração que se deu a vós, pois vós estendeis e consolidais sem cessar a íntima união de pensamentos, de sentimentos e de vontade, que só vos tornará fácil e doce a realização da missão que vós tendes junto de vossos filhos, enquanto que ela estaria gravemente comprometida pelo mínimo defeito de concórdia.
      E porque na família, como em qualquer associação de duas ou mais pessoas que visam um mesmo fim, é indispensável haver uma autoridade que mantenha eficientemente a união entre os membros, e que os dirija e os governe, vós deveis amar este elo que faz de vossas duas vontades uma só, ainda que um preceda no caminho da vida e que o outro o siga; vós deveis amar este elo com todo o amor que vós tendes por vosso lar doméstico.
      [...]
      A obra do cristianismo
      [...]
      Eis o essencial da hierarquia natural na família, tal qual a exige a unidade do casamento e tal qual a Providência a marcou pelas qualidades especiais, diferentes e complementares, das quais ele dotou o homem e a mulher: "Nem o homem está no Senhor sem a mulher, nem a mulher sem o homem", escreve são Paulo (I Cor. XI, 31). Ao homem o primado da unidade, o vigor corporal, os dons necessários ao trabalho que garantirá o sustento da família; a ele que foi dito: "É do suor de teu rosto que tu comerás o pão" (Gn. III, 19). À mulher, Deus reservou as dores do parto, as penas da amamentação e da primeira educação dos filhos, aos quais os melhores cuidados de pessoas estrangeiras nunca valerão os afáveis desvelos do amor materno.
      Mas, guardando esta dependência da mulher a respeito de seu marido, dependência sancionada nas primeiras páginas da Revelação (Gn. III, 16), Cristo, que só é misericórdia para nós e para a mulher, abrandou, como nos lembra São Paulo, este resto de dureza que permanecia no fundo da lei antiga. Na sua divina união com a Igreja, ele mostrou como a autoridade do chefe e a sujeição da esposa podem, sem se diminuir, se transfigurar na força do amor, de um amor que imita aquele pelo qual ele se uniu à Igreja; ele mostrou que a constância do mandamento e da docilidade respeitosa da obediência podem e devem, em um amor sincero e mútuo, se elevar até o esquecimento e o dom generoso de si mesmo.

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  2. Ótimas referências, André. Deus abençoe você e sua família!

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