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27 de novembro de 2013

Grandiosas questões pequenas

Por que as coisas não dão certo? Por que a "lei de Murphy" parece sempre mais acertada do que as leis divinas? Por que Deus parece não cumprir suas promessas e nos angustiamos com sua demora e seu silêncio? Por que "quanto mais rezo mais assombração aparece"?

Resposta primeira, mas ainda não definitiva: porque não exercitamos adequadamente nossa memória. Não a ocupamos com as coisas de Deus. Tal ocupação da memória é que nos faz enxergar que Deus jamais falhou para, a partir de então, termos certeza de que jamais falhará.

Resposta segunda e, infelizmente, muito comum: talvez porque Deus não esteja mesmo agindo, e nem vai agir enquanto sua vida não estiver no eixo.

Mas... o que é esse tal “eixo”?

Resposta das respostas: é estarmos, como quem está no primeiro degrau de uma escada acima de um lamaçal, ou seja, isentos de pecados mortais (conditio sine qua non para a graça divina agir em nossas vidas); e, além disso, estarmos em dia com nossos deveres e obrigações de honestidade e justiça, desde os cinquenta centavos devidos na padaria, às dívidas (materiais ou mesmo de gratidão) com pai, mãe, irmãos, primos, tios, amigos, sejam eles ricos ou pobres, magnânimos ou medíocres... Para um cristão não colará jamais a desculpa do “Devo não nego, pago quando puder” ou “Pago depois, afinal, meu credor tem bem mais do que eu..." ou "ele é injusto, imoral por isso não quitarei minha dívida com ele" etc. Não há desculpa! Tem dívida, quite-a na primeira oportunidade. O carro novo, a TV nova, a mobília nova da casa podem esperar... Primeiro a Justiça e a Honestidade, depois o resto! A regra vale até mesmo para com o Estado, por mais corrupto que seja: bastar lembrarmo-nos de Nosso Senhor pagando os impostos (a um governo tirano, imoral e, mais tarde, assassino de cristãos em massa) e ainda deixando a dica: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” Lembrou? Então chega de sonegar impostos também!

Além das posturas citadas acima, o compromisso com a verdade deve igualmente nortear nossas vidas. Promete aqui comigo: 'abrirei mão, de agora em diante, das mentiras (mesmo as “mentirinhas brancas”, mesmo o “aumento mas não invento”, mesmo as mentiras que tem “uma finalidade boa”)'. Quando todos esses valores tiverem-se feito carne, isto é, quando essa conduta constituir verdadeiro hábito em nossas vidas, estaremos em paz com Deus e irrepreensíveis com o nosso próximo, tanto moral quanto espiritual e materialmente. Quando isso ocorrer, a exemplo de Abraão, o justo e Pai da Fé, Deus há de olhar de maneira especial para nossa vida e nos encher de uma paz que, de fato, o mundo não pode ofertar (nem compreender). Mesmo frente às piores adversidades! A sensação de se estar preso entre rochas intransponíveis, em meio às trevas mais densas, não será capaz de roubar a nossa paz e a nossa esperança. E, por increça que parível, a famigerada “lei de murphy” (aquela de que se uma coisa tem a mínima possibilidade de dar errado, então, ela dará errado!) é virada do avesso... e onde não parece haver esperança, as portas surgem e se abrem! A luz, sem necessidade de companhia energética, toma conta e dissipa as trevas... De fato, não há mais o que temer! Jamais! Nem a morte, nem as doenças e nem os credores.

Dever de casa para os católicos: façamos um exame de consciência; uma boa confissão e, depois disso, passemos a meditar, refletir (exercitar nossa memória com as obras que Deus realizou em prol da humanidade, da Igreja e de nossas vidas particulares) e caminhemos com bons cristãos, quites com todas as nossas obrigações, dívidas e responsabilidades, na comunhão, na graça e na paz de Nosso Senhor! Fechado?!

Se fechou comigo, então fique na paz de Jesus e no amor de Maria.
Se não fechou, fique aí com seus tormentos assistindo (sentado para não cansar muito) à paz dos justos!
Jeansley de Sousa

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