Quase tudo no Brasil é assim: devemos valorizar não o que é
bom, belo e louvável, mas o que é brasileiro ou, ao menos, o que foi selecionado por brasileiros, independentemente do crivo da
qualidade, do mérito ou da moral.
No meio artístico e cultural tal preferência é notória, já
no meio acadêmico há uma seleção anterior a essa. É como se tirassem do oceano
belas pedrinhas da África e das tribos indígenas e enchessem um aquário. No
meio delas, lançam as rochas mais toscas e ridículas da Europa e dos EUA,
misturam-lhes também, as pedras mais feias do Cristianismo e então, aquário
devidamente preparado, soltam os alunos/exploradores dentro dele,
estimulando-os a fim de que tenham a tal “visão crítica” e tornem-se
intelectuais, formadores de opinião etc.
A fórmula repete-se por décadas, sobretudo nas Ciências Sociais ou no que há de obrigatório destas nas demais ciências (o que já é, por si só, questionável), e os aprendizes de
intelectuais caem como patinhos (ou seriam peixinhos?). Qualquer menção, ainda
que superficial, às belas rochas e pedras européias, católicas ou
norte-americanas existentes no enorme oceano do espaço e do tempo, são rechaçadas de imediato! Não
se pode ter tal opinião ou sequer fazer menção ao oceano. Oceano é coisa de
peixe alienado! Nós somos convidados por uma elite intelectual pré-selecionada
a termos a perfeita, ímpar e soberana visão crítica de um aquário que possui o que há de melhor e questiona "tudo o que aí está", "todo o sistema". O debate e a divergência de ideias só é possível para os que estão dentro do aquário e sobre matérias interna corporis. E para que
não haja sequer um contato visual direto e transparente com o oceano, os vidros
do aquário são pintados de vermelho e nossa visão crítica ganha então o mundo.
Sim! Podemos ver o oceano, porém, sempre mediante um vidro avermelhado. Não se
pode examinar o que é belo e nobre, sem que o mesmo passe pelo crivo
socialista. A história europeia é recheada de herois, mas são herois
opressores. O poder econômico norte-americano parece ter surgido de forma
idônea, mas não cumpriu seu papel social e é, também por isso, opressor. A
Igreja produz santos e mártires... que morrem à toa, pois a causa é alienada e
alienante. Enfim, o oceano visto pelo vidro vermelho, de fato não vale à pena. Não quero aqui entrar no mérito de cada povo, credo ou cultura, cada qual possui, evidentemente, seus prós e contras, mas parece que aqui em Banânia somos convidados, diariamente, a filtrar moscas e engolir camelos,
e, nesse contexto, nossa visão crítica é imediatamente conduzida a crer que o aquário é, de fato,
o que há de melhor em termos de filosofia, política, cultura etc e tudo o mais é "tirano, burguês, opressor e reacionário". E se a
maioria da população não consegue enxergar como você, "aquariano", é porque não possui a sua
visão crítica. “A sociedade é conservadora e má... e, a unanimidade é burra!”
Por outro lado, se num passe de mágica (a mágica da mídia que ensina, em outras
águas, sobre o mesmo aquário), a massa passa a aderir ao seu discurso... aí então
a sociedade passa a ser tida por revolucionária e boa e “vamos esquecer aquela
história de unanimidade burra, pois a frase não serve para o momento!”
Assim caminha o Brasil, digo, assim nada e se afoga o
Brasil... E isso acontece já há tanto tempo que temo que nem respiração boca a
boca dê jeito. Afinal, em nossa cultura hodierna, até a tentativa de tal
respiração poderia acabar em um beijaço gay em forma de “protesto” contra os "opressores". Por falar em beijaço gay, creio que valha muito a pena assistir
ao documentário que postei há pouco (segue o link: http://sanctus-domini.blogspot.com.br/2013/08/o-paradoxo-da-igualdade.html),
ele mostra como a “genialidade” dos cientistas sociais noruegueses (em nada
diferente dos nossos pseudointelectuais esquerdistas) dá com os burros n’água
frente a estudos científicos de verdade. A noção de "visão crítica de aquário"
versus "alienação oceânica", fica bem evidente nesse vídeo, quando assistido
até o final. Fiquem com Deus.
Na paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa
Jeansley de Sousa
Excelente reflexão meu irmão. Confesso que ainda estou mergulhado dentro deste aquário, mas nado todos os dias na esperança de pular para fora dele, e estou tendo bons progressos, apesar de ter muita coisa enraizada e difícil de superar. Gostaria de agradecer, pelo despojamento que você sempre teve comigo e com todos durante a formação para catequistas. Peço que perdoe alguns posicionamentos meus que não foram maduros ( a maioria deles), e posso te afirmar que diversas sementes que foram lançadas naquele tempo se tornaram arvores e estão dando frutos. Não se esqueça de mim e de minha família em suas orações, pois precisamos do favor divino todos os dias. Que o Espirito Santo continue te usando para inspirar corações e salvar almas, que a paz do senhor sempre esteja contigo.
ResponderExcluirDavid Denis
Obrigado pelas palavras, David. Esteja certo de minhas orações por você e por sua família. Rezem por mim também! Grande abraço e fique com Deus!
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