Se eu fosse um ditador, desarmaria a população de bem para
que nunca lhes ocorresse a idéia de enfrentar-me ou enfrentar meus agentes do
caos. Evidentemente, os bandidos, traficantes, terroristas não entregariam as
armas e o meu país alcançaria o patamar de um dos países mais violentos do
mundo, entretanto a mídia, por mim devidamente paga e manipulada, não
forneceria à população essa informação (pelo menos não em horários nobres),
omitiriam também o intrigante dado de que os países armamentistas concentram o
menor número de homicídios, roubos, seqüestros, estupros... em todo o mundo,
justamente porque a população ordeira tem meios para se defender, o que
intimida os delinquentes.
Se eu fosse um ditador, a mídia seria minha. Além de omitir
informações “nocivas”, informariam a população somente das notícias que fossem
neutras ou, em alguma medida, úteis às minhas pretensões. Claro que tal
controle não é tão simples, a mídia é gigantesca e eu não sou o único com
dinheiro para bancá-la, por isso, já julgaria excelente o trabalho de perversão
moral realizado por novelas, programas, músicas, destruindo famílias,
religiões, princípios e valores, minando-os a fim de que, futuramente não
viessem a se unir contra minha figura e de meu partido, ambos acima do bem e do
mal. - Não quero oposição e nem ameaça de oposição! Eu sou a democracia e tudo
que não for “democrático” deve ser extirpado, pensaria eu.
Se eu fosse um ditador, cumprido o sujo trabalho da mídia, a
mesma seria silenciada. Um controle oficial, “pelo bem da população”, “em nome
da democracia e da informação de qualidade”... Uma censura, mas não com esse
nome pesado e opressor... Apenas um Controle Social... No fundo no fundo, eu
estaria evitando o risco de um empresário ou partido adversário, bancar
financeiramente um sistema de comunicação para me agredir, agredindo assim “o
povo”. Controle neles! Não absoluto, para não dar na cara, mas pontual, apenas
nos assuntos que me interessasse!
Se eu fosse um ditador, as universidades estariam infestadas
de agentes meus há décadas, muito antes de minha chegada ao poder, fazendo a
cabeça da galera com pensamentos de filósofos ateus, gays, anticristãos,
imorais, amorais... Ao mesmo tempo em que desdenhavam de grandes pensadores,
grandes homens, cientistas, filósofos que fossem contrários aos meus
propósitos. Ficaria bem mais fácil governar se a elite intelectual de meu país
tivesse sido forjada, há décadas, dessa maneira.
Se eu fosse um ditador, tão logo chegasse ao poder, uma vez
que as universidades, cheias de meus agentes, formaram uma “nata intelectual”
que me é subserviente, uma vez que a mídia destruiu, na maior parte da
população, o sentimento moral, religioso e cívico que a poderia unir contra
mim, tomaria apenas medidas de precaução contra meus antigos inimigos. Criaria
uma História Oficial de meu passado, contra a qual não poderia haver
argumentos. Não seria uma comissão de investigação ou de pesquisa, mas
decididamente, uma comissão da verdade! Contra ela não há argumentos! E para não
ocorrer de haver, por parte dos outros poderes, onde eu não tivesse completo
domínio, algum tipo de manifestação contrária, os mesmos seriam detonados
moralmente pela mídia e sofreriam, politicamente, controles meus... a princípio,
indiretos, mas, em pouco tempo, diretos: extinguiria o Senado, enfraqueceria o
Ministério Público, desmoralizaria o Judiciário e em contrapartida encheria a
população carente de benefícios, assistencialismos que me garantiriam o apoio
popular que somado ao apoio dos terroristas, dos meus “intelectuais” e da mídia
por mim controlada, a perpetuação no poder sem o menor risco de haver uma
oposição de verdade. Mas... para garantir que jamais haveria mesmo qualquer
ameaça... meu sistema de votação seria dos mais caros do mundo, mesmo o meu
país não sendo dos mais ricos; seria o mais tecnológico, mesmo o meu país sendo
um zero à esquerda em assunto de avanços. A população jamais se indagaria o
porquê de nações mais ricas, mais sérias e mais tecnológicas não adotarem tal
mecanismo. Iludidas, as pessoas de meu país julgariam que, em um passe de
mágica, ficamos mais ricos e tecnológicos que as maiores potências mundiais.
Sequer lhes ocorreria a possibilidade de fácil manipulação de alguns chips em
caso de resultado adverso nas urnas. Mas é sempre assim: enfraquecemos as
famílias, em nome dos direitos humanos; desarmamos os ordeiros e armamos os
desordeiros, em nome da paz; silenciamos a todos que nos contrariem, em nome da
democracia; manipulamos informações de quaisquer natureza, em nome da imparcialidade...
E assim vamos governando ad eternum.
Fosse eu de outro país, diria que esse texto, com essas
constatações foram retiradas da experiência de chegada e permanência no poder
de Hitler, Stalin, Mussolini, Mao Tse Tung, Fidel... Mas sou brasileiro, e
qualquer semelhança, infelizmente, não é mera coincidência!
Saudosista da democracia,
Jeansley de Sousa
Jeansley de Sousa
Tive o desprazer de participar deste mecanismo de manipulação, no período de 1 ano e meio em que trabalhei no departamento de normas e procedimentos judiciais da Secretaria de Gestão Pública do Ministério do Planejamento. E com vistas a reforçar o que foi escrito, informo em primeira mão que o governo já tem um anteprojeto pronto para realizar uma alteração na lei 8.112/90, no que tange ao auxílio moradia. Esta alteração prevê o aumento do período de usufruto que atualmente é de 8 anos em um período de 12 anos, para 12 anos em um período de 16, o que significa isto? Significa que caso ocorra uma reeleição a gangue do PT que vem de outros estados continuarão recebendo o benefício, Vão continuar morando de graça (arrecadando na verdade, pois os recibos de alugueis são sempre superfaturados. Todos sabem e ninguém questiona). Caro jeansley para não ficar totalmente anônimo irei me identificar apenas com a inicial do meu nome, pois quando meu contrato com o MP encerrou eu assinei um termo em que me comprometi em não divulgar as informações que obtive. Mas creio que o Jeansley sabe quem eu sou. Votei no PT e acreditei em mudanças, mas desacreditei neste período de MP.
ResponderExcluirD.