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12 de junho de 2013

Se eu fosse um ditador

Se eu fosse um ditador, desarmaria a população de bem para que nunca lhes ocorresse a idéia de enfrentar-me ou enfrentar meus agentes do caos. Evidentemente, os bandidos, traficantes, terroristas não entregariam as armas e o meu país alcançaria o patamar de um dos países mais violentos do mundo, entretanto a mídia, por mim devidamente paga e manipulada, não forneceria à população essa informação (pelo menos não em horários nobres), omitiriam também o intrigante dado de que os países armamentistas concentram o menor número de homicídios, roubos, seqüestros, estupros... em todo o mundo, justamente porque a população ordeira tem meios para se defender, o que intimida os delinquentes.

Se eu fosse um ditador, a mídia seria minha. Além de omitir informações “nocivas”, informariam a população somente das notícias que fossem neutras ou, em alguma medida, úteis às minhas pretensões. Claro que tal controle não é tão simples, a mídia é gigantesca e eu não sou o único com dinheiro para bancá-la, por isso, já julgaria excelente o trabalho de perversão moral realizado por novelas, programas, músicas, destruindo famílias, religiões, princípios e valores, minando-os a fim de que, futuramente não viessem a se unir contra minha figura e de meu partido, ambos acima do bem e do mal. - Não quero oposição e nem ameaça de oposição! Eu sou a democracia e tudo que não for “democrático” deve ser extirpado, pensaria eu.

Se eu fosse um ditador, cumprido o sujo trabalho da mídia, a mesma seria silenciada. Um controle oficial, “pelo bem da população”, “em nome da democracia e da informação de qualidade”... Uma censura, mas não com esse nome pesado e opressor... Apenas um Controle Social... No fundo no fundo, eu estaria evitando o risco de um empresário ou partido adversário, bancar financeiramente um sistema de comunicação para me agredir, agredindo assim “o povo”. Controle neles! Não absoluto, para não dar na cara, mas pontual, apenas nos assuntos que me interessasse!

Se eu fosse um ditador, as universidades estariam infestadas de agentes meus há décadas, muito antes de minha chegada ao poder, fazendo a cabeça da galera com pensamentos de filósofos ateus, gays, anticristãos, imorais, amorais... Ao mesmo tempo em que desdenhavam de grandes pensadores, grandes homens, cientistas, filósofos que fossem contrários aos meus propósitos. Ficaria bem mais fácil governar se a elite intelectual de meu país tivesse sido forjada, há décadas, dessa maneira.

Se eu fosse um ditador, tão logo chegasse ao poder, uma vez que as universidades, cheias de meus agentes, formaram uma “nata intelectual” que me é subserviente, uma vez que a mídia destruiu, na maior parte da população, o sentimento moral, religioso e cívico que a poderia unir contra mim, tomaria apenas medidas de precaução contra meus antigos inimigos. Criaria uma História Oficial de meu passado, contra a qual não poderia haver argumentos. Não seria uma comissão de investigação ou de pesquisa, mas decididamente, uma comissão da verdade! Contra ela não há argumentos! E para não ocorrer de haver, por parte dos outros poderes, onde eu não tivesse completo domínio, algum tipo de manifestação contrária, os mesmos seriam detonados moralmente pela mídia e sofreriam, politicamente, controles meus... a princípio, indiretos, mas, em pouco tempo, diretos: extinguiria o Senado, enfraqueceria o Ministério Público, desmoralizaria o Judiciário e em contrapartida encheria a população carente de benefícios, assistencialismos que me garantiriam o apoio popular que somado ao apoio dos terroristas, dos meus “intelectuais” e da mídia por mim controlada, a perpetuação no poder sem o menor risco de haver uma oposição de verdade. Mas... para garantir que jamais haveria mesmo qualquer ameaça... meu sistema de votação seria dos mais caros do mundo, mesmo o meu país não sendo dos mais ricos; seria o mais tecnológico, mesmo o meu país sendo um zero à esquerda em assunto de avanços. A população jamais se indagaria o porquê de nações mais ricas, mais sérias e mais tecnológicas não adotarem tal mecanismo. Iludidas, as pessoas de meu país julgariam que, em um passe de mágica, ficamos mais ricos e tecnológicos que as maiores potências mundiais. Sequer lhes ocorreria a possibilidade de fácil manipulação de alguns chips em caso de resultado adverso nas urnas. Mas é sempre assim: enfraquecemos as famílias, em nome dos direitos humanos; desarmamos os ordeiros e armamos os desordeiros, em nome da paz; silenciamos a todos que nos contrariem, em nome da democracia; manipulamos informações de quaisquer natureza, em nome da imparcialidade... E assim vamos governando ad eternum.
                                                     
Fosse eu de outro país, diria que esse texto, com essas constatações foram retiradas da experiência de chegada e permanência no poder de Hitler, Stalin, Mussolini, Mao Tse Tung, Fidel... Mas sou brasileiro, e qualquer semelhança, infelizmente, não é mera coincidência!

Saudosista da democracia,
Jeansley de Sousa

Um comentário:

  1. Tive o desprazer de participar deste mecanismo de manipulação, no período de 1 ano e meio em que trabalhei no departamento de normas e procedimentos judiciais da Secretaria de Gestão Pública do Ministério do Planejamento. E com vistas a reforçar o que foi escrito, informo em primeira mão que o governo já tem um anteprojeto pronto para realizar uma alteração na lei 8.112/90, no que tange ao auxílio moradia. Esta alteração prevê o aumento do período de usufruto que atualmente é de 8 anos em um período de 12 anos, para 12 anos em um período de 16, o que significa isto? Significa que caso ocorra uma reeleição a gangue do PT que vem de outros estados continuarão recebendo o benefício, Vão continuar morando de graça (arrecadando na verdade, pois os recibos de alugueis são sempre superfaturados. Todos sabem e ninguém questiona). Caro jeansley para não ficar totalmente anônimo irei me identificar apenas com a inicial do meu nome, pois quando meu contrato com o MP encerrou eu assinei um termo em que me comprometi em não divulgar as informações que obtive. Mas creio que o Jeansley sabe quem eu sou. Votei no PT e acreditei em mudanças, mas desacreditei neste período de MP.

    D.

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