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7 de março de 2013

Ei, bárbaro! Civilize-se!



Dia desses estava eu no ponto de ônibus quando deparei-me com dois casais de jovens tatuados e com piercings em todas as extremidades da face (calma! Exagerei! Tinham piercings apenas no nariz, na língua, nas orelhas, nas sobrancelhas... acho que na face... era só...). Estava uma “pegação” total na hora em que cheguei, porém aos poucos a parada de ônibus foi enchendo e os jovens retiraram-se para fumar um produto artesanal (cigarro que não tem caixa)... ao mesmo tempo em que, ironicamente, achegavam-se à minha direita um casal de índios, bem vestidos, sem pinturas ou mutilações em seus corpos, modestos e decentes (antes que algum desinformado me venha questionar “como eu sabia que eram índios?”, esclareço que os mesmos não precisam estarem nus e batendo na boca para serem identificados como tais, o tipo e corte característico de cabelo, bem como a cor de suas peles já deixavam isso claro o suficiente...). A cena me chamou atenção: tribais civilizados x civis tribalizados... É evidente que admirei muito mais os tribais civilizados e passo a explicar o porquê. 

Os bárbaros (aqueles que dominaram o império romano), sem entrar em maiores detalhes históricos mas apenas pontuando sua característica, digamos... estética, tinham como marca a “não-padronização” no vestir-se, no comportar-se etc. Usavam e abusavam do exótico, sempre atrelado a suas práticas pagãs, tal qual os romanos não-convertidos e também, em outros "cantos" da Terra, os povos tribais de modo geral antes da evangelização e civilização católicas (os índios aqui no Brasil, por exemplo). A Igreja Católica, com o exemplo e santidade de muitos de seus filhos, convenceu-os a abandonarem tudo o que fosse exótico, retirar o excesso de vaidade, abolir o despudor, estabelecendo um padrão de modéstia e decência ao longo dos séculos. Condenou a cultura de morte (que sempre existiu, mas não tinha esse nome até João Paulo II o dar) que se escondia por trás desses hábitos, costumes, vestimentas etc. Portanto, sempre foi muito evidente que o modo de agradar a Nosso Senhor não era o modo exótico, escandaloso, rebelde ou despudorado de viver (típico de ateus, pagãos e/ou satanistas), mas o modesto, discreto e decente. Daí conclui-se, sem grande espanto, que a Igreja não apenas evangelizou mas também civilizou, notadamente, o nosso ocidente.

Nossa cultura, nossos costumes e tradições não são frutos de um “padrãozinho” social que nasceu do nada ou foi imposto por “burgueses”; são frutos do suor e sangue de muitos santos, de seus exemplos e caridade. Engana-se o católico que pensa que ao sair desses padrões de pudor e modéstia está apenas contrariando o “sistema” (revoltar-se contra o sistema é ótimo né?! Solução para tudo!) ou fugindo das regras impostas por "carolas”. Não! Na verdade, estão voltando à barbárie da qual a Igreja os havia tirado. A rebeldia aparente é contra costumes bobos, mas espiritualmente, nosso inimigo ataca, com isso, uma das muitas obras da Igreja de Jesus Cristo: a civilização. Nesse sentido, e, em última instância, a rebeldia é e será sempre contra Nosso Senhor, ainda que os “rebeldes” não se dêem conta disso, ludibriados que estão.

Santos são forjados na santa imitação. Um imita o outro, que imita os apóstolos, que imita Jesus, que imita o Pai. Querer fugir a essa regra é, nitidamente, optar pela mediocridade, pela não santificação. Imitemos, pois, nossos santos, sem medo de sermos taxados de carolas, caxias, caretas... Sem temer esses rótulos imbecis que já foram usados contra praticamente a totalidade dos santos e santas e que serão usados contra você se optar por imitá-los. Imite-os assim mesmo e você perceberá que essa é a maneira mais segura de ser diferente do “sistema”, por mais contraditório que isso possa parecer!

Na paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa

4 comentários:

  1. Adorei!! To sentindo falta das publicações ao menos mensal, melhor ainda semanal! rsrs.

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  2. Pois é, Karine, as publicações estão mais raras pois nossos escritores que estavam devagar quase parando, pararam de vez; e este que vos escreve tem se empenhado mais em divulgar o que já foi escrito e, somente às vezes, acrescentar algo novo. Mas o blog segue vivo! hehehe Abraço e fique com Deus!

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  3. Perfeito!!! Imitar os Santos: essa é a regra!

    Também estou sentindo falta dos artigos!
    Ainda bem que ele não morreu! hehe
    com Deus!

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  4. Dá um puxão de orelha nesses escritores preguiçosos! hahaha.

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