Quem é Padre Pio para mim?!

Abro uma exceção nesses dias de intenso estudo, pesquisa e orações, no qual encontro-me submerso, para escrever esse pequeno testemunho de minha devoção ao santo cujo dia celebraremos, nas Igrejas Católicas do mundo inteiro, no próximo domingo. Trata-se de um santo a quem devoto especial carinho.

No dia 23 de setembro de 1968 partia para junto do Deus a quem tanto amara e por quem intensamente vivera e sofrera, sobretudo a perseguição de seus ultrarradicais "irmãos" na fé, nosso amado Padre Pio. Trinta e quatro anos mais tarde, nosso saudoso Papa, Beato João Paulo II, celebrava sua canonização. Por essa época, trabalhava eu no Setor de Indústrias Gráficas aqui de Brasília, juntamente com meu tio André e, na ocasião, fiquei responsável por fazer a formatação de um periódico de um simpático movimento católico chamado Equipes de Nossa Senhora, aqui da cidade. O tal periódico trouxe-me a informação da canonização de Padre Pio. Foi a primeira de muitas vezes com que me deparei com o santo de Pietrelcina.

Dois anos antes desse primeiro contato com o santo, precisamente em 23 de setembro de 2000, por ocasião de um evento da Renovação Carismática chamado Hallel, comecei a namorar aquela que veio a se tornar minha esposa e mãe de meus filhos. Filhos que hoje são quatro (e serão quantos mais Deus quiser que seja) e dos quais o primeiro nos fez passar por imenso susto por ocasião de seu nascimento, em 2004. Seu nome é Miguel Jeansley. Ele hoje é saudável e inteligente e está com oito anos, contudo, no parto, o garoto achou de nos deixar tensos! Minha esposa, no tempo de dar à luz, teve um terrível sangramento no momento em que a bolsa estourou, em nossa casa. Algo estava muito errado! Nunca em minha vida eu havia deparado-me com tanto sangue. Não obstante o temor da morte de minha esposa e a já ausente esperança de que meu filho pudesse resistir ao parto, chegamos às pressas, com o auxílio fundamental de minha sogra, ao hospital da Ceilândia (DF). Eu, com a roupa encharcada de sangue (pois carreguei nos braços minha esposa gestante, nessa situação, do carro à maca na porta do hospital), fiquei assistindo sua entrada emergencial na sala de cirurgia, tranquilizando-a... dizendo que estava tudo tranquilo e que confiasse em Nossa Senhora... Meu coração, no entanto, angustiado estava! Era nítido que a coisa não estava nada boa! O sangue de minha amada escorrendo por toda minha roupa claramente o dizia. O tempo de aguardo do lado de fora da sala cirúrgica, apesar de tão breve, mais parecia uma eternidade. Eternidade essa que aproveitei para rezar! Eu já conhecia e admirava São Pio de Pietrelcina e, sem hesitar, pedia sua intercessão junto a Deus pela vida de minha esposa, porém, bastante hesitante, pedia por meu filho (a quem já temia estar em óbito).

Passados cerca de vinte minutos, a enfermeira vem a mim e à minha sogra com a notícia de que tanto minha esposa, quanto meu filho passavam bem. A cesárea tinha sido não apenas um sucesso, mas recorde no hospital: dezessete minutos! Vocês podem imaginar o quanto minha devoção a São Pio de Pietrelcina, que já era mui grande, passou a ser “astronômica” desse dia em diante. Tão certo é isso, que minha segunda filha, a 02, (estou numerando-os para não perder as contas) chama-se Helena Forgione. Esse “Forgione” deve-se à justa homenagem feita a Padre Pio, cujo nome de batismo é, no bom e velho italiano: “Francesco Forgione”.

Portanto, meus caros, tenho motivos de sobra para celebrar o dia 23 de setembro: seja por minha esposa (e eterna namorada), seja pela vida de meu primeiro filho; seja pelo nome de minha segunda filha... enfim, sobretudo, pelo conhecimento e amizade desse santo cuja vida fora recheada de milagres (quem não conhece sua biografia, trate de conhecer) e que no ano de 1968, deixava-nos saudade, mas garantia-nos, para sempre, preciosos testemunhos, história de vida e intercessão.

São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!

Jeansley de Sousa